Fernández Noroña ataca a OEA: "É uma ferramenta de intervenção dos EUA".

CIDADE DO MÉXICO (apro).- Após o relatório de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a eleição judicial, no qual recomendaram que outros países não reproduzissem o mesmo exercício, o presidente da Junta Diretora do Senado, Gerardo Fernández Noroña, afirmou que a organização é uma ferramenta intervencionista do governo dos Estados Unidos e lamentou que ela esteja utilizando argumentos de direita para sua avaliação.
Em mensagem nas redes sociais do Senado, o parlamentar do Morena rejeitou as opiniões expressas na reportagem, que, segundo ele, ecoam as da direita, deixando de reconhecer que a mídia fez uma campanha brutal contra a eleição judicial.
"Não lhes enviei nenhuma mensagem. Sabem que fui muito claro. Disse-lhes que não confiamos na OEA. É uma ferramenta intervencionista do governo dos Estados Unidos. Espero que esta nova presidência mude de atitude."
“E hoje a OEA apresentou seu relatório sobre as eleições de 1º de junho, que ainda nem foram contabilizadas, e já é um documento extenso; só no último parágrafo a mídia noticiou que não recomenda promover a eleição de juízes no continente.
"Em outras palavras, é extremamente lamentável que a OEA esteja ecoando os argumentos da direita, apesar de eu ter dito claramente a eles como, em dezembro, o Presidente do Tribunal, com o Plenário do Tribunal, tentou emendar a Constituição sem ter autoridade para fazê-lo", explicou.
Fernández Noroña também desafiou a OEA a determinar qual porcentagem do eleitorado dos EUA está participando da eleição de juízes locais, afirmando que é menor do que a porcentagem que participou da eleição do último domingo, 1º de junho, descrevendo assim sua atitude como facciosa, irresponsável e frívola.
No México, a eleição de juízes veio para ficar, e nem sequer menciona que um homem de origem indígena, nascido no coração profundo do povo mixteca oaxaquenho, Hugo Aguilar, será presidente do Tribunal. Que nos digam que foi planejado, que nos digam que não foi uma decisão soberana do povo mexicano. Em outras palavras, nunca, desde que Benito Juárez García foi presidente do Tribunal no século XIX, um homem de origem tão humilde pôde se tornar presidente do Tribunal”, enfatizou.
O senador do Morena afirmou que, se isso não é sinal de transformação — a paridade entre homens e mulheres pela primeira vez na história do Judiciário, sua democratização —, se eles não acham isso importante, é porque não observaram nada.
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